O financiamento para construção e compra de imóveis atingiu R$ 16,1 bilhões em setembro de 2022, o que representa mais uma pequena queda, desta vez de 4,3% com relação a agosto. Apesar do terceiro mês seguido de queda, o volume de crédito imobiliário se manteve em um patamar em torno de R$ 16 bilhões por mês.
Ainda assim, segundo a ABECIP, associação brasileira das entidades que oferecem essa modalidade de crédito, foi o segundo melhor mês de setembro da história.
Para entender melhor o panorama mensal sobre crédito imobiliário, a HomeHub segue com o compromisso de trazer informações atualizadas para você.
Continue a leitura deste artigo e confira a análise realizada pelo setor de inteligência de mercado da HomeHub.
Índice
• Financiamento para construção e compra de imóveis em setembro: Volume
Em setembro, o volume de crédito imobiliário com recursos do Sistema Brasileiro de Poupança e Empréstimo (SBPE), para construção e compra de imóveis, atingiu R$ 16,1 bilhões, ficando 4,3% abaixo do registrado no mês de agosto. Esse foi o segundo melhor resultado de setembro da história até agora.
Na comparação com setembro do ano passado, o volume financiado registrou queda de 9,6%. Apesar da queda em relação ao recorde histórico de 2021, o volume registrado foi o segundo melhor setembro da história, superando em 25% o volume registrado em setembro de 2020.
• Financiamento para construção e compra de imóveis em Setembro: Quantidade
Nesse período foram financiados 61,8 mil imóveis, ficando 12% abaixo do registrado em agosto. Esse movimento pode demonstrar uma desaceleração do mercado, já que esse é o terceiro mês consecutivo de queda e , dessa vez, saindo do patamar de 70 mil imóveis financiados por mês.
Em relação a setembro de 2021, a queda foi de 16,2% na quantidade de imóveis financiados, também sendo o segundo melhor mês de setembro da história.
• Financiamento para construção e compra de imóveis: Janeiro a Setembro/2022
No acumulado do ano, o volume financiado foi de R$ 136,5 bilhões, ficando 11,8% abaixo do mesmo período de 2021. Mais uma vez, foi o segundo melhor resultado da história para os primeiros 9 meses do ano. Esse valor supera a soma dos anos de 2019 e 2020.
Os números mostram uma desaceleração do crédito imobiliário em relação ao patamar recorde registrado em 2021, mas é importante notar que o volume financiado em 2022 (de janeiro a setembro) é maior que todos os resultados de 2014 a 2020.
Foram financiadas 559,5 mil unidades nos primeiros 9 meses do ano, com queda de 15,6% em relação ao mesmo período de 2021.
• Financiamento para construção e compra de imóveis: Acumulado em 12 meses
O volume de crédito imobiliário acumulado nos últimos 12 meses (terminados em setembro) atingiu R$ 187,2 bilhões, o que representa uma pequena queda de 0,9% em relação ao mês anterior e mantendo-se em patamar elevado historicamente. Apesar da ligeira queda, o gráfico mostra claramente um movimento de desaceleração desde outubro de 2021.
• Médias móveis do volume mensal de crédito imobiliário se estabilizam
Num movimento de crescente desde Março, a média móvel de 3 meses se manteve estável em setembro, na casa dos R$ 17 bilhões/mês. Enquanto a média móvel de 6 meses teve uma pequena alta, chegando a R$ 15,9 bilhões em setembro.
• Crédito imobiliário para Construção ou Aquisição: Distribuição
Em 2022, de janeiro a setembro, 24% dos recursos do Sistema Brasileiro de Poupança e Empréstimo (SBPE) foram destinados ao financiamento para construção e 76% para aquisição de imóveis, representando um aumento da participação da construção em relação ao ano passado.
• Crédito imobiliário para Construção ou Aquisição: Volume
A média móvel de 6 meses do volume de crédito para aquisição subiu pelo quarto mês seguido, enquanto a média móvel para construção se encontra no maior patamar desde o início da série histórica.
• Taxa de juros x Inflação
O gráfico acima mostra que a inflação segue perdendo força, caindo para 7,17% nos últimos 12 meses terminados em Setembro. Depois de uma longa sequência de elevação da taxa Selic, o Banco Central a manteve em 13,75% pelo segundo mês seguido.
• Conclusão
Apesar do claro cenário de desaceleração do crédito imobiliário, que já era previsto dado o alto patamar da taxa de juros, consideramos os resultados positivos, por se manterem acima dos níveis registrados em 2014, época do boom imobiliário, e por se manterem “apenas” 12% abaixo do recorde histórico de 2021.
Como constatamos no último relatório, a forte competição entre os bancos manteve o custo do financiamento imobiliário mais acessível, contribuindo para a maior resiliência do mercado imobiliário diante do ciclo de alta da taxa Selic, que saiu de 2% em março de 2021 para os 13,75% atuais.
Acreditamos que a concessão de crédito imobiliário no 4o trimestre vá se estabilizar em torno do patamar atual, devendo fechar o ano na casa dos R$ 187 bilhões.
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