venda de imóveis residenciais do Rio em julho
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Vendas de Imóveis Residenciais do Rio de Janeiro: o melhor mês de julho dos últimos 5 anos

As vendas de imóveis residenciais na cidade do Rio de Janeiro, em julho, sofreram uma forte queda de 25% em relação a junho, somando 3.757 unidades vendidas. 

Mas você deve estar se perguntando: o que o título deste artigo tem a ver com esse resultado? Bem, a verdade é que junho foi um ponto fora da curva, mas leia o artigo até o final e entenda como o resultado de julho pode e deve ser visto com bons olhos.

Índice

Evolução das Vendas de Imóveis em 2023

Após oscilarem nos primeiros 5 meses do ano, as vendas de imóveis residenciais, no Rio, deram um surpreendente salto em junho, mas ao observarmos o mês de julho, houve queda em relação ao mês anterior, como dissemos acima, mas o resultado foi positivo. O Valor Geral de Vendas (VGV) das 3.757 unidades comercializadas em julho totalizou cerca de R$2,2 bilhões, resultando em um ticket médio de aproximadamente R$598 mil por imóvel.  

Agora começaremos a entender melhor o bom resultado do mês: Se computarmos a média de unidades vendidas no 1° semestre do ano, chegamos a 3.242 imóveis/mês. O resultado de julho ficou 15,9% acima dessa média. Além disso, esse foi o melhor mês de julho dos últimos 5 anos, tendo crescido 23% quando comparado com o mesmo mês do ano passado e superando julho de 2021, quando o mercado imobiliário estava bastante aquecido.

Durante os primeiros 7 meses deste ano foram comercializadas 23.208 unidades residenciais, gerando assim, um aumento de 16% na quantidade de imóveis residenciais vendidos quando comparamos com o mesmo período de 2022.

O Valor Geral de Vendas (VGV) estimado alcançou cerca de R$14,3 bilhões, superando em 15% os R$12,4 bilhões registrados entre janeiro e julho de 2022.

Com base nos registros de arrecadação do ITBI pela Prefeitura da Cidade do Rio de Janeiro, exploraremos de maneira abrangente os dados, gráficos e projeções que têm dado forma ao cenário imobiliário na cidade maravilhosa.

E nosso relatório agora está ainda mais abrangente! As análises abrangem as áreas da Zona Sul, Zona Oeste, Zona Norte e Centro, abrangendo todos os bairros dessas regiões! 

Além disso, enriquecemos o conteúdo com informações adicionais de relevância, assegurando que você esteja plenamente informado sobre todas as dinâmicas que permeiam o mercado imobiliário do Rio de Janeiro.

Confira!

Venda de Imóveis Residenciais por Região

Entre as quatro áreas da cidade do Rio de Janeiro, observou-se um notável declínio nas vendas de imóveis residenciais durante o mês de julho, em relação a junho, em três delas: Zona Sul com -31%, Zona Oeste com -30% e Zona Norte com -22%. 

Em contrapartida, na Zona Central, houve um expressivo aumento de +32%.

Já na comparação com julho de 2022, houve crescimento em todas as regiões analisadas, como veremos a seguir.

Zona Sul

1. Evolução Mensal das Vendas Residenciais na Zona Sul

Na Zona Sul do Rio, as vendas de imóveis residenciais em julho caíram 31% em relação a junho, mas ficaram 11% acima de julho de 2022.

O gráfico abaixo ilustra a evolução mensal das vendas nos bairros da Zona Sul, fazendo uma comparação com os três anos precedentes (2020, 2021 e 2022). Nota-se que, apesar da queda versus junho, o resultado de julho ficou acima dos meses de julho de 2020, 2021 e 2022.

*Inclui todos os bairros da Zona Sul.

2. Alta nas Vendas de Janeiro a Julho de 2023

A Zona Sul do Rio registrou um aumento de 15% nas vendas de imóveis residenciais em julho de 2023 em relação ao mesmo período do último ano.

*Inclui todos os bairros da Zona Sul.

Foram vendidas um total de 5.345 unidades residenciais, com um Valor Geral de Vendas estimado de R$ 6,3 bilhões e um ticket médio de R$ 1,180 milhão por imóvel.

3. Análise de Tendência das Vendas

A análise das médias móveis na Zona Sul indica uma trajetória ascendente desde fevereiro de 2023, e mesmo com a queda em julho, a tendência de alta permanece. A média móvel de 3 meses passou para 902 vendas/mês, enquanto a média móvel de 6 meses foi para 799 vendas/mês em junho. 

*Inclui todos os bairros da Zona Sul.

4. Desempenho por Bairro da Zona Sul de Janeiro a Julho de 2023

Na Zona Sul, alguns bairros se destacaram com um desempenho notável nos primeiros sete meses de 2023. Os seis melhores foram Catete, Humaitá, Glória, Copacabana, Ipanema e Leblon, apresentando crescimentos significativos nas vendas de imóveis residenciais do Rio, em julho. 

Por outro lado, mais uma vez os bairros de Santa Teresa, Gávea e Lagoa continuam enfrentando um cenário mais desafiador, com quedas nas vendas.

Vale destacar que dos 15 bairros do gráfico acima, 12 apresentaram crescimento.

5. Ticket Médio por Bairro da Zona Sul em 2023

Os bairros Leblon, Lagoa, Jardim Botânico, Ipanema e São Conrado permanecem liderando o ranking dos bairros com o ticket médio mais alto, dessa vez, nos sete primeiros meses de 2023. Já o Flamengo, Copacabana, Catete, Glória e Santa Teresa também continuaram apresentando os menores valores de ticket médio.

Zona Oeste

1. Evolução Mensal das Vendas Residenciais na Zona Oeste

Assim como na Zona Sul, a Zona Oeste também registrou um mês fora da curva em junho, tendo um crescimento expressivo nas vendas de imóveis residenciais do Rio, fazendo com que as vendas em julho despencassem, somando 1.374 unidades, 30% a menos em comparação com o mês anterior.

*Inclui todos os bairros da Zona Oeste.

Já quando comparado com julho do ano anterior, os dados apresentaram uma alta de 13% nas vendas de imóveis residenciais da Zona Oeste. Como vemos no gráfico acima, o resultado de julho ficou abaixo de julho de 2020 e de 2021.

2. Alta nas Vendas

Nos primeiros sete meses de 2023, a Zona Oeste apresentou um crescimento de 7% nas vendas de imóveis residenciais em relação ao mesmo período do ano anterior. 

*Inclui todos os bairros da Zona Oeste.

Foram vendidas um total de 9.005 unidades, com um Valor Geral de Vendas estimado de R$5,6 bilhões e um ticket médio de R$623 mil por imóvel.

3. Análise de Tendência das Vendas

A análise das médias móveis na Zona Oeste mostra uma tendência de alta desde março de 2023. A média móvel de 3 meses registrou um aumento significativo, saindo de 1.032 vendas/mês em fevereiro para1.561 vendas/mês em julho.

*Inclui todos os bairros da Zona Oeste.

Esse movimento fez com que a média móvel de 6 meses acompanhasse o ritmo, voltando a crescer a partir de abril e também reforçando esse movimento de alta.

4. Desempenho por Bairro da Zona Oeste de Janeiro a Julho de 2023

Na Zona Oeste, 5 dos 7 bairros aqui selecionados apresentaram um desempenho positivo nos sete primeiros meses de 2023: Jacarepaguá, Campo Grande, Freguesia, Barra da Tijuca e Taquara. 

Por outro lado, Recreio e Pechincha seguem acumulando queda nas vendas em 2023.

5. Ticket Médio por Bairro da Zona Oeste em 2023

A Barra segue isolada na liderança do ranking dos bairros da Zona Oeste com o ticket médio mais alto nos primeiros sete meses de 2023, seguida por Recreio, Jacarepaguá, Freguesia e Pechincha. Já Taquara e Campo Grande também continuam registrando os menores valores de ticket médio.

Zona Norte

1. Evolução Mensal das Vendas Residenciais na Zona Norte

Assim como aconteceu nas Zonas Sul e Oeste, junho apresentou alta significativa, fazendo com que julho registrasse uma queda de 22%. Mas em comparação com julho do ano passado, os números são bem positivos, havendo uma alta significativa de 34%. Assim como na Zona Sul, foi o melhor mês de julho dos últimos anos, como vemos no gráfico abaixo.

*Inclui todos os bairros da Zona Norte.

2. Alta nas Vendas

Nos primeiros sete meses de 2023, a Zona Norte apresentou um crescimento de 22% nas vendas de imóveis residenciais em relação ao mesmo período do ano anterior. 

Foram vendidas um total de 7.479 unidades, com um Valor Geral de Vendas estimado de R$ 2 bilhões e um ticket médio de R$ 272 mil por imóvel.

3. Análise de Tendência das Vendas

A análise das médias móveis na Zona Norte confirma a reversão da tendência de queda observada desde o segundo semestre de 2022. 

A média móvel de 3 meses registrou um aumento consistente, saindo de 804 vendas/mês em fevereiro para 1.365 vendas/mês em julho.

*Inclui todos os bairros da Zona Norte.

Essa tendência também se reflete na média móvel de 6 meses, que voltou a crescer a partir de maio.

4. Desempenho por Bairro da Zona Norte de Janeiro a Julho de 2023

Na Zona Norte, um bairro se destacou com um desempenho positivo nos primeiros sete meses de 2023: o Cachambi, se isolando em comparação aos outros com 57% de alta. Grajaú, Vila Isabel e Maracanã também apresentaram alta.

Por outro lado, Tijuca, Todos os Santos e Méier enfrentaram uma queda nas vendas. Enquanto Jardim Guanabara apresentou uma estabilização.

5. Ticket Médio por Bairro da Zona Norte em 2023

Jardim Guanabara segue liderando o ranking dos bairros da Zona Norte com o ticket médio mais alto nos primeiros sete meses de 2023, e continua sendo seguido por Tijuca, Maracanã, Grajaú e Vila Isabel. Por outro lado, os bairros de Todos os Santos, Méier e Cachambi também seguem registrando os menores valores de ticket médio.

Zona Central

1. Evolução Mensal das Vendas Residenciais na Zona Central

Diferente das demais regiões, a Zona Central apresentou ligeira alta em junho, seguida de um aumento expressivo em julho. As vendas em julho registraram alta de 32%, somando 216 unidades comercializadas. 

Já em relação a julho do ano anterior, a alta foi extremamente expressiva, de 151%.

Como mostra o gráfico acima, entre janeiro e julho, todos os meses de 2023 superaram os mesmos meses dos 3 anos anteriores.

2. Alta nas Vendas

Em julho de 2023, a Zona Central do Rio apresentou um crescimento de 86% nas vendas de imóveis residenciais em relação ao mesmo período do ano anterior. 

Foram vendidas um total de 1.379 unidades, com um Valor Geral de Vendas estimado de R$ 335 milhões e um ticket médio de R$ 243 mil por imóvel.

3. Análise de Tendência das Vendas

A representação gráfica acima indica que as médias móveis têm exibido um padrão ascendente, com variações, a partir de meados de 2022. Contudo, a média móvel de 3 meses declinou em junho e julho, cruzando com a média móvel de 6 meses. 

Ainda é cedo para concluir se esta é uma reversão de tendência, visto que o mês de julho foi notavelmente favorável para essa localidade, mas é possível que as vendas de imóveis residenciais na região da cidade do Rio estejam entrando em um momento de estabilização no patamar atual. A conferir nos próximos meses. 

4. Desempenho por Bairro da Zona Central de Janeiro a Julho de 2023

Na Zona Central, dois bairros se destacaram outra vez com um desempenho bastante positivo nos primeiros sete meses de 2023: Santo Cristo e Centro. São Cristóvão também teve um ótimo desempenho, com alta de 32% e o Rio Comprido saiu do negativo com um crescimento de 8,3% no ano.

5. Ticket Médio por Bairro da Zona Central em 2023

Rio Comprido assumiu a liderança do ranking dos bairros selecionados na Zona Central, com o ticket médio mais alto nos primeiros 7 meses de 2023, seguido por São Cristóvão, Centro e Santo Cristo.

Análise do Relatório 

O mercado imobiliário residencial do Rio de Janeiro apresentou uma recuperação significativa nos últimos 2 meses (junho e julho), registrando assim alta nas vendas em todas as regiões analisadas nestes 7 meses de 2023. 

À exceção da Zona Central, que teve uma performance mais consistente ao longo de todos os meses até aqui, as demais regiões da cidade foram puxadas pelos resultados de junho e julho. 

Olhando para a frente, tomando como base a análise das médias móveis das regiões, vemos uma tendência de alta nas vendas na Zona Sul, na Zona Oeste e na Zona Norte, que devem se confirmar em função das melhores perspectivas para o mercado imobiliário ao longo do segundo semestre. 

Na nossa visão, assim como mencionado no último relatório, é de que o mercado imobiliário segue mostrando força e resiliência ao longo dos primeiros sete meses do ano, mesmo com a taxa Selic a 13,75% ao ano. 

E com o início da trajetória de queda dos juros (lembrando que na reunião do Copom realizada nos primeiros dias de agosto, a Selic foi reduzida para 13,25% ao ano), não há dúvidas de que estamos iniciando um ciclo positivo no mercado imobiliário. Por hora, já há um impacto positivo nas expectativas, mas ao longo dos próximos meses, veremos efeitos mais práticos, como a redução do crédito imobiliário.

Confira nosso artigo sobre a redução da taxa Selic:

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