Com o início da pandemia, a compra de imóveis foi prioridade entre muitas famílias brasileiras, fazendo com que a concessão de Financiamento para construção e compra de imóveis batesse todos os recordes até o final de 2021.
Em 2022, o interesse dos brasileiros na compra da casa própria permanece, mas com a alta dos juros, a concessão de crédito imobiliário para construção e compra de imóveis vem desacelerando.
Para ajudar você a entender melhor o cenário atual, continue a leitura deste artigo e confira o segundo levantamento sobre crédito imobiliário realizado pelo setor de inteligência de mercado da HomeHub, com o apoio dos dados mensais fornecidos pela ABECIP – Associação Brasileira das Entidades de Crédito Imobiliário e Poupança.
Índice
• Financiamento para construção e compra de imóveis em abril: Volume
Em abril, o volume de crédito imobiliário com recursos das cadernetas do Sistema Brasileiro de Poupança e Empréstimo (SBPE), para construção e compra de imóveis, atingiu R$ 11, 4 bilhões, ficando assim 23% abaixo do resultado de março e seguindo a tendência de queda observada desde o início do ano.
Na comparação com abril do ano passado, o volume financiado registrou queda de 35%. Apesar da queda significativa, ainda assim foi o segundo melhor mês de abril da história!
• Financiamento para construção e compra de imóveis em abril: Quantidade
Em abril, foram financiados 45,3 mil imóveis, ficando 29% abaixo do resultado registrado em março.
Em relação a abril de 2021, a queda foi de 35% na quantidade de unidades financiadas, voltando para o patamar registrado nos anos de 2014/2015.
• Financiamento para construção e compra de imóveis: Janeiro a Abril/2022
No acumulado do ano (de janeiro a abril), o volume financiado para construção e compra de imóveis foi de R$ 52,6 bilhões, ficando 12% abaixo do mesmo período de 2021.
Ainda assim, foi o segundo melhor resultado da história para os primeiros 4 meses do ano.
Os números não deixam dúvida quanto à clara desaceleração do crédito imobiliário em relação ao patamar recorde registrado em 2021, mas é importante notar que o volume financiado em 2022 (de janeiro a abril) é maior que a soma dos resultados de 2019 e 2020!
Este resultado também supera o patamar dos anos de 2014 e 2015, auge do boom imobiliário, em mais de 50%, como pode-se verificar no gráfico abaixo.
De janeiro a abril, foram financiados 221,4 mil imóveis, com queda de 14% em relação ao mesmo período do ano passado.
Considerando o volume financeiro de crédito imobiliário concedido para construção e compra de imóveis, o gráfico abaixo mostra a participação dos principais bancos no período de janeiro a abril de 2022.
A Caixa Econômica Federal foi responsável por 52% do volume financiado, seguida pelo Itaú com 23%, Bradesco com 12%, Santander com 6% e Banco do Brasil com 4%. Todos os demais bancos somados representam outros 4%.
Ao analisarmos a quantidade de imóveis financiados para construção e aquisição, a Caixa Econômica Federal amplia ainda mais sua vantagem, abocanhando nada menos do que 63% dos contratos de financiamento emitidos, seguida por Itaú com 16%, Bradesco com 10%, Santander com 5% e Banco do Brasil com 3%. Os demais bancos somam 2%.
• Financiamento para construção e compra de imóveis: Acumulado em 12 meses
O volume de crédito imobiliário para construção e compra de imóveis acumulado nos últimos 12 meses (terminados em abril), atingiu R$198 bilhões, apresentando queda de 2,6% em relação ao resultado registrado em março.
É possível notar no gráfico abaixo que durante o boom imobiliário de 2012 a 2015, o volume de crédito imobiliário acumulado em 12 meses não superou a casa dos R$ 115 bilhões.
Ou seja, o patamar atual, próximo à casa dos R$ 200 bilhões é cerca de 72% maior.
• Médias móveis do volume mensal de crédito imobiliário seguem em queda
Como mostramos anteriormente, apesar da queda significativa da concessão de financiamento imobiliário em relação a 2021, o volume de crédito imobiliário segue em patamares elevados quando analisamos um período maior, como nos últimos 10 anos.
Mas o movimento de queda, ou de desaceleração, do crédito imobiliário já chegou ao fim? Ou seguirá por mais alguns meses?
É difícil precisar, mas quando analisamos as médias móveis de 3 e 6 meses do volume mensal de crédito imobiliário, vemos claramente que elas seguem em queda, o que nos sinaliza que o movimento de desaceleração na concessão de crédito deve continuar nos próximos meses.
• Taxa de juros x Inflação
Segundo o boletim Focus do Banco Central , a expectativa dos agentes do mercado financeiro é de que a taxa de juros SELIC, atualmente em 12,75% ao ano, termine o ano na casa dos 13,25%, dessa forma, o Banco Central ainda deve fazer mais um aumento de 0,5% na taxa de juros.
O gráfico abaixo mostra que a inflação, medida pelo IPCA, segue em alta, acumulando 12,12% nos últimos 12 meses terminados em abril, sendo este o principal motivo pelo qual o Banco Central deve seguir com sua política de aperto monetário, encarecendo o crédito imobiliário e impactando a concessão do mesmo.
• O momento é bom ou ruim para fazer um financiamento imobiliário?
A resposta é: depende!
Vamos lá: como falamos em nosso último artigo, tudo indica que estamos próximos do fim do ciclo de alta dos juros e que a inflação deve começar a ceder em breve, mas a taxa de juros deve permanecer por bons meses no patamar dos 13% ao ano.
Acreditamos que o financiamento para construção e compra de imóveis seguirá em queda até se estabilizar em um novo patamar, mas ainda é cedo para dizer que patamar será esse.
Para quem depende do financiamento imobiliário para comprar um imóvel, o momento não é dos melhores, pois o crédito imobiliário mais caro aumenta o valor das prestações, elevando o sarrafo da comprovação de renda e reduzindo o número de pessoas com capacidade financeira para arcar com a prestação mais alta.
No entanto, com SELIC a 12,75% ao ano, para quem tem investimentos com boa rentabilidade, pode fazer sentido tomar um financiamento para comprar o apartamento dos sonhos e manter suas aplicações financeiras, sem perder liquidez, já que muito provavelmente a rentabilidade média desses investimentos será superior ao custo do crédito imobiliário.
Confira abaixo as taxas de juros efetivas, ao ano, dos quatro principais bancos:
- Caixa – de 8,70% a 8,99% ao ano + TR
- Itaú – de 9,10% a 9,70% ao ano + TR
- Bradesco – de 9,50% a 9,90% ao ano + TR
- Santander – 9,49% ao ano + TR
Na HomeHub, oferecemos um simulador gratuito de crédito imobiliário para você comparar taxas em diferentes bancos, ver o valor das prestações, saber a renda mínima exigida para contratar um financiamento e muito mais!
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