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Crédito Imobiliário para construção e compra de imóveis permanece em queda em Fevereiro

Em Fevereiro, o crédito imobiliário para construção e compra de imóveis caiu mais uma vez, atingindo R$ 10,5 bilhões, representando uma queda de 11,8% em relação a Janeiro de 2023. 

O volume de crédito acumulado nos últimos 12 meses segue em queda – pelo décimo terceiro mês seguido – atingindo a marca de R$ 175,1 bilhões. Segundo a própria ABECIP, o volume de crédito imobiliário pelo SBPE deve fechar o ano em R$ 156 bilhões.

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Para entender melhor o panorama mensal sobre crédito imobiliário, a HomeHub segue com o compromisso de trazer informações atualizadas para você. 

Continue a leitura deste artigo e confira a análise realizada pelo setor de inteligência de mercado da HomeHub.

Índice

Financiamento para construção e compra de imóveis em Fevereiro: Volume

Em Fevereiro, o volume de crédito imobiliário com recursos do Sistema Brasileiro de Poupança e Empréstimo (SBPE), para construção e compra de imóveis, atingiu R$ 10,5 bilhões, ficando 11,8% abaixo do registrado no mês de Janeiro. 

Já é a segunda queda consecutiva no ano após a estabilidade no final de 2022, como mostra o gráfico abaixo: 

Na comparação com Fevereiro de 2022, também houve uma queda de 11,4%, além de ter tido uma queda de 15,9% em relação ao recorde de 2021. Ainda assim, este resultado ficou no patamar acima dos R$ 10 bilhões, sendo o terceiro melhor Fevereiro da história.

• Financiamento para construção e compra de imóveis em Fevereiro: Quantidade

Nesse período foram financiados 37,1 mil imóveis, o que representa uma queda de 10,3% em comparação ao resultado de Janeiro.

Em relação a Fevereiro de 2022, houve uma queda significativa, de 28,7%, na quantidade de imóveis financiados. Este resultado tira a quantidade de imóveis financiados do patamar de 50 mil imóveis, mas ainda o deixa como o terceiro melhor da história para o mês de Fevereiro.

• Financiamento para construção e compra de imóveis no 1° bimestre de 2023

Nos últimos 2 meses (Janeiro a Fevereiro), o volume financiado foi de R$ 22,4 bilhões, ficando 15,3% abaixo do resultado do mesmo período de 2022. Mantendo-se no patamar dos R$ 20 bilhões, esse foi o terceiro melhor 1° bimestre da história.

Em relação à quantidade de imóveis financiados no 1° bimestre, chegou-se a 78,4 mil unidades financiadas, representando uma queda brusca de 30,3% em relação ao mesmo período de 2022.

Depois de dois anos acima do patamar das 100 mil unidades financiadas no 1° bimestre do ano, o resultado atual retorna ao patamar de 2015, acima dos 70 mil imóveis financiados.

Confira abaixo:

• Financiamento para construção e compra de imóveis: Acumulado em 12 meses

O volume de crédito imobiliário acumulado nos últimos 12 meses (terminados em fevereiro) atingiu R$ 175,1 bilhões, representando a décima terceira queda consecutiva, como mostra o gráfico abaixo.

Este movimento de queda deve continuar ao longo do ano, lembrando que, segundo a própria ABECIP, o volume de crédito imobiliário pelo SBPE deve fechar 2023 em R$ 156 bilhões.

• Médias móveis do volume mensal de crédito imobiliário seguem em queda

Em um movimento de queda desde Outubro, a média móvel de 3 meses teve sua quinta queda consecutiva no mês de Fevereiro, chegando R$ 12,1 bilhões/mês. 

Enquanto a média móvel de 6 meses caiu pelo quarto mês seguido, caindo de R$ 14,6 bilhões/mês em janeiro para R$ 13,5 bilhões/mês em Fevereiro.

Os números confirmam a desaceleração da concessão de crédito, ainda sem perspectivas de retomada.

• Taxa de juros x Inflação

O gráfico abaixo mostra que a inflação desacelerou em menor proporção no mês passado, passando de 5,77% ao ano em janeiro para 5,60% em fevereiro. Já a taxa de juros SELIC foi mantida em 13,75% pelo sexto mês seguido.

Como mostra o gráfico, o ritmo de desaceleração da inflação foi acelerado entre julho e novembro, quando o IPCA saiu de 11,89% para 5,90%. Agora com a desaceleração, nos últimos 3 meses, saiu desses 5,90% para os atuais 5,60%.

• Taxa de Juros Real

Muito se tem falado sobre o alto nível da taxa de juros real (descontada a inflação), então resolvemos trazer um histórico da taxa de juros real nos últimos 21 anos. Será que essa taxa está completamente fora dos padrões brasileiros? Nem tanto…

Entre Novembro de 2022 e Fevereiro de 2023 (últimos 4 meses), a taxa real média ficou em 7,55%. Separamos outros quatro momentos onde a taxa de juros real se manteve acima dos 7% ao ano:

No período de 01/2002 a 08/2003, a taxa média ficou em 9,25% durante 20 meses. Já no período de 11/2003 até 08/2007, a taxa média esteve em 9,98% durante nada menos do que 46 meses, ou 3 anos e 10 meses!

Já em períodos menores e mais recentes, como 09/2008 até 01/2009 (5 meses) a taxa média ficou em 7,15%,  e no período de 12/2016 até 07/2017 (8 meses) a taxa permaneceu na média de 7,27%.

Veja no gráfico abaixo:

Acreditamos que a taxa de juros começará a ser reduzida entre maio e junho, desde que o governo apresente um arcabouço fiscal crível, com o comprometimento de gastar menos do que arrecada e controlar a trajetória da dívida pública. 

Lembrando que, segundo o Boletim Focus do Banco Central, o mercado financeiro aposta em uma inflação em torno de 6% em 2023 e de 4% em 2024 e em uma taxa Selic de 12,75% no final deste ano e de 10% no final de 2024, o que levaria a taxa de juros real a permanecer em torno do patamar de 6% ao ano. A conferir!

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