O financiamento para construção e compra de imóveis atingiu R$ 17 bilhões em maio de 2022, alta de 49% com relação a abril. Este foi um excelente resultado, principalmente se considerarmos o atual patamar da taxa de juros.
Segundo a ABECIP, associação brasileira das entidades que oferecem essa modalidade de crédito, foi o melhor resultado de 2022 até agora!
Para entender melhor o panorama mensal sobre crédito imobiliário, a HomeHub segue com o compromisso de trazer informações atualizadas para você.
Continue a leitura deste artigo e confira a análise realizada pelo setor de inteligência de mercado da HomeHub.
Índice
• Financiamento para construção e compra de imóveis em maio: Volume
Em maio, o volume de crédito imobiliário com recursos do SBPE, para construção e compra de imóveis, atingiu R$ 17 bilhões, sendo o melhor resultado do ano, ficando 49% acima do registrado em abril.
Na comparação com maio do ano passado, o volume financiado ficou apenas 2,5% abaixo do registrado. Apesar da pequena queda, foi o segundo melhor mês de maio da história!
• Financiamento para construção e compra de imóveis em maio: Quantidade
Em maio, foram financiados 71,7 mil imóveis, ficando 58% acima do resultado registrado em abril.
Em relação a maio de 2021, a queda foi de apenas 2,1% na quantidade de unidades financiadas, sendo o segundo melhor mês de maio da história!
• Financiamento para construção e compra de imóveis: Janeiro a Maio/2022
No acumulado do ano (de janeiro a maio), o volume financiado para construção e compra de imóveis foi de R$ 69,7 bilhões, ficando 10% abaixo do mesmo período de 2021.
De janeiro a maio, foram financiados 293,1 mil imóveis, com queda de 12% em relação ao mesmo período do ano passado.
Considerando o volume financeiro de crédito imobiliário concedido para construção e compra de imóveis, o gráfico abaixo mostra a participação dos principais bancos nos primeiros cinco meses de 2022.
A Caixa Econômica Federal segue disparada no ranking, responsável por 52% do volume financiado, seguida pelo Itaú com 23%, Bradesco com 12%, Santander com 6% e Banco do Brasil com 3%. Os demais bancos somados representam outros 4%.
Observando a quantidade de imóveis financiados para construção e aquisição, a Caixa Econômica Federal amplia ainda mais sua vantagem, representando 64% dos contratos de financiamento emitidos, seguida por Itaú com 16%, Bradesco com 10%, Santander com 4% e Banco do Brasil com 3%. Os demais bancos somam 2%.
• Financiamento para construção e compra de imóveis: Acumulado em 12 meses
O volume de crédito imobiliário para construção e compra de imóveis acumulado nos últimos 12 meses (terminados em maio), atingiu R$197, 7 bilhões, apresentando ligeira queda de 0,2% em relação ao resultado registrado em abril.
• Médias móveis do volume mensal de crédito imobiliário interrompem queda
Como mostramos anteriormente, apesar da queda da concessão de financiamento imobiliário em relação a 2021, o volume de crédito imobiliário segue em patamares elevados quando analisamos um período maior, como nos últimos 10 anos.
Mas o movimento de queda, ou de desaceleração, do crédito imobiliário já chegou ao fim? Ou seguirá por mais alguns meses?
É difícil precisar, pois existem muitas incertezas no cenário político-econômico ao longo dos próximos meses, com inflação persistente em patamar elevado, possibilidade de novas altas da taxa de juros, possibilidade de recessão mundial, além das eleições presidenciais.
Mas quando analisamos as médias móveis de 3 e 6 meses do volume mensal de crédito imobiliário, vemos que a primeira cresceu em relação a abril, puxada pelo excelente resultado de maio, revertendo uma sequência de 8 meses seguidos de queda.
Já a média móvel de 6 meses ficou estável em relação ao mês anterior.
Vale acompanhar os resultados dos próximos meses para vermos se, de fato, estamos diante de uma reversão da tendência de queda.
• Taxa de juros x Inflação
Segundo o Boletim Focus do Banco Central , a expectativa dos agentes do mercado financeiro ainda é de que a taxa de juros SELIC, atualmente em 13,25%% ao ano, termine o ano nesse patamar.
No entanto, o gráfico abaixo mostra que a inflação, medida pelo IPCA, segue em patamar elevado, acumulando 11,73% nos últimos 12 meses terminados em maio e vem preocupando o Banco Central.
Com isso, já começam a surgir algumas previsões de novos aumentos da taxa SELIC, que poderia chegar a 14% ao ano.
Dado esse cenário, podemos considerar que o resultado do crédito imobiliário no mês de maio, de R$17 bilhões, foi surpreendentemente positivo e mostra a resiliência do mercado imobiliário diante de tantas incertezas e de tanta volatilidade nos mercados financeiros aqui e lá fora.
Na HomeHub, oferecemos um simulador gratuito de crédito imobiliário para você comparar taxas em diferentes bancos, ver o valor das prestações, saber a renda mínima exigida para contratar um financiamento e muito mais!
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