Mercado Imobiliário

Crédito Imobiliário em Outubro: queda na  concessão da Caixa Econômica derruba resultado do mês

No âmbito do crédito imobiliário pelo SBPE, outubro foi um mês de queda significativa, puxado pelo pior mês de concessão de crédito por parte da Caixa Econômica Federal. 

Contrapondo o otimismo vivenciado em setembro, a concessão de crédito imobiliário enfrenta uma realidade desafiadora. Foi registrando uma queda de 39,2% na quantidade de imóveis financiados em comparação com outubro de 2022. Foram 36 mil imóveis financiados contra 59,2 mil no mesmo mês do ano passado. 

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Neste artigo, examinaremos em detalhes os resultados de outubro e do ano de 2023, comparando com os anos anteriores.

Confira nossa análise abrangente sobre o atual panorama do mercado a seguir!

Índice

Financiamento para construção e compra de imóveis em Outubro: Volume

Após um mês otimista e de sequência de alta em setembro, o volume de crédito imobiliário, com recursos do Sistema Brasileiro de Poupança e Empréstimo (SBPE) para construção e compra de imóveis, diminuiu consideravelmente em outubro. Sendo o terceiro pior mês do ano, o volume financiado ficou em R$11,1 bilhões, ou seja, 19,7% abaixo do mês anterior.  

Quando comparamos com outubro dos anos anteriores, vemos que houve uma contração ainda maior, sendo 24,5% em relação a 2022. Esse resultado fica até mesmo abaixo de outubro de 2020, como mostra o gráfico abaixo.

• Financiamento para construção e compra de imóveis em Outubro: Quantidade

Nesse período foram financiados 36 mil imóveis, representando uma queda de 16,3% em relação ao registrado em setembro. Dessa forma, a quantidade de imóveis financiados saiu da estabilidade apresentada entre abril e setembro e tornou-se o segundo pior mês do ano, atrás apenas de julho com 34,1 mil imóveis.

Comparado a outubro de 2022, a queda foi de 39,2%, como já mencionado no início deste artigo. Esta queda nos deixa próximos aos números de unidades financiadas no período pré-pandemia.

• Financiamento para construção e compra de imóveis entre Janeiro e Outubro de 2023

Durante os 10 primeiros meses do ano, de janeiro a outubro, o volume financiado totalizou R$125,7 bilhões, registrando uma queda de 16,9% em comparação com o mesmo período de 2022. 

É relevante observar que, apesar da redução, este desempenho continua representando o terceiro melhor resultado para este intervalo de tempo desde o início da série histórica, mantendo-se acima da marca de R$100 bilhões.

No que diz respeito ao número de imóveis financiados no período de janeiro a outubro, foram contabilizadas 416,4 mil unidades financiadas. Isso reflete uma queda significativa de 32,7% em comparação com o mesmo período de 2022.

Confira abaixo:

• Financiamento para construção e compra de imóveis: Acumulado em 12 meses

O volume de crédito imobiliário acumulado, nos últimos 12 meses (terminados em outubro), permanece em queda por mais um mês consecutivo, atingindo R$153,7 bilhões. Este resultado fica abaixo da expectativa da própria ABECIP para 2023, de R$ 156 bilhões. A queda foi de 2,3% em relação a setembro e de 16,8% em relação a outubro de 2022.

Este resultado marca o sétimo mês consecutivo de contração. A efeito de comparação, em outubro de 2022, este número chegou a ser de R$184,7 bilhões.

Como ilustrado no gráfico apresentado, no período de crescimento do mercado imobiliário de 2012 a 2014, o valor anual dos financiamentos para imóveis não ultrapassou os R$120 bilhões em nenhum ano.

• Médias móveis do volume mensal de crédito imobiliário

Em outubro de 2023, as médias móveis de 3 meses e 6 meses mostraram, mais uma vez, estabilidade. Ficando no patamar em torno de R$12,5 bilhões por mês, as médias móveis que equivalem a um resultado de R$150 bilhões por ano.

Confira no gráfico abaixo:

Esta estabilização nos leva a crer que o mercado de crédito imobiliário atingiu seu piso, devendo retomar um ciclo de crescimento a partir do primeiro trimestre de 2024.

• Desempenho dos Bancos em 2023

Já em relação ao volume de crédito imobiliário concedido pelos bancos, a Caixa teve o seu pior mês do ano após a sequência de alta nos últimos dois meses. Enquanto isso, o Itaú recuperou a segunda colocação que havia perdido para o Bradesco no mês anterior. O Santander segue na quarta posição.

Cenário e Perspectivas do Crédito Imobiliário – Resumo

Como dissemos em nossos relatórios passados, acreditamos que o mercado imobiliário começará a apresentar resultados mais significativos a partir do final do 4° trimestre ou início do 1° trimestre de 2024, como reflexo da continuidade da trajetória de queda da taxa Selic. 

Por hora, as quedas da Selic não tiveram impacto na redução do custo do crédito imobiliário, mas acreditamos que esse efeito ocorrerá em breve.

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