O grande avanço tecnológico tem ameaçado substituir a necessidade de profissionais em diversas áreas. Assim, com o corretor de imóveis não é diferente. Muito se fala sobre a possibilidade da compra e venda de imóveis ser feita 100% digital e o risco da profissão acabar. Mas, não é bem assim. Primeiramente, é válida uma análise da profissão do broker (o corretor de ações), no mercado financeiro, onde a tecnologia também causa grande impacto.
Análise da profissão de broker
Com o advento do pregão eletrônico, houve um aumento significativo no volume de pessoas investindo por conta própria. No entanto, grande parte não conhece a fundo todas as opções de investimento e recorre aos especialistas de mercado. Até mesmo investidores mais experientes, que movimentam volumes maiores, utilizam a assessoria dos brokers para realizarem suas operações.
Por essa razão os brokers precisaram se especializar e, assim, oferecer um serviço cada vez mais personalizado. Para que isso aconteça, conhecer o cliente e suas necessidades é tarefa essencial. Os brokers se tornaram verdadeiros assessores financeiros e são detentores de um profundo conhecimento de mercado.
Quando o assunto é o mercado de imóveis, é possível seguir a mesma lógica do mercado de ações. Há pessoas que compram e vendem imóveis diretamente, mas a maioria delas sente mais conforto e segurança tendo a assessoria de um especialista de mercado.
O que muda para o corretor de imóveis?
O corretor que quer se destacar nos próximos anos precisa:
- Se atualizar e investir em capacitação;
- Se especializar em sua área de atuação, tornar-se referência na região;
- Conhecer a fundo o mercado e suas especificidades (como conjuntura econômica, produtos de crédito imobiliário, questões jurídicas, dentre outras);
- Conhecer, como ninguém, os imóveis em sua área;
- Prestar uma verdadeira assessoria imobiliária personalizada para seus clientes, entender suas dores e necessidades;
- Focar na curadoria dos conteúdos publicados nos anúncios de seus imóveis;
- Investir em recursos tecnológicos ou se aliar a quem os oferece.
Sobre o último item, vale ressaltar que não haverá espaço para as imobiliárias e corretores “analógicos”, ou seja, aqueles que não estão inseridos no mundo digital. Os players do mercado imobiliário (corretores e imobiliárias) precisam oferecer aos clientes uma experiência digital incrível ao longo da jornada de compra e venda, tornando-a mais ágil, menos burocrática e mais eficiente em todas as etapas.
Portanto, é improvável que a tecnologia possa substituir a profissão de corretor, na verdade, ela é uma aliada fundamental. Esta união, entre o atendimento personalizado e a experiência digital, caracteriza o modelo de negócio Figital (físico + digital), que é a bola da vez no mercado imobiliário.
Para complementar a leitura e saber mais sobre o modelo figital, leia o post “O futuro do mercado imobiliário é figital”, e veja os impactos da tecnologia no trabalho do corretor contemporâneo.